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Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1954. In-8º de 234-(1) págs. Brochado. Exemplar sem a tão caraterística acidez que lhe assiste habitualmente dada qualidade do papel. Conserva a sua estrutura rígida das folhas, tão característica desta edição. Miolo impecável, muito limpo.
MUITO BELO EXEMPLAR DESTA PRIMEIRA EDIÇÃO com quatro ilustrações em linóleo de António Charrua, da obra em que o autor abandona a fase neo-realista que lhe era tão marcada a produção das anteriores obras (6 títulos). Considerado como uma das melhores de toda a sua obra literária.
Neste título, o autor retrata também, e pela primeira vez, a sua experiência fortemente negativa de quando entrou no Seminário do Fundão, donde viria a sair alguns anos depois, em 1933.
"... Às noções-chave de espanto, angústia, alarme e solidão, que marcam uma direção existencial, há que acrescentar agora, quando o existencial transcende para o metafísico, a noção de silêncio. Esta palavra marca em Manhã Submersa o início de um processo que se acentuará consideravelmente nos romances vergilianos posteriores, protagonizados pelo intimismo metafísico de um sujeito em absoluta solidão existencial, uma vez que lhe falhou a sua comunicação com o mundo...” (José Gavilanes Laso)